sexta-feira, 2 de março de 2012

De que maneira a nova política de privacidade do Google influencia na sua vida online?

O Google terá acesso a mais informações? Você está em risco? Entenda o que de fato acontece com o anúncio da novidade


Já não é segredo para ninguém. Na verdade, nunca foi. O Google avisou a todos nós, mediante alertas de pop up em todos os seus serviços, que sua política de privacidade mudaria. Hoje, tal mudança entrou no ar e muita gente está se perguntando o que de fato acontece com a sua navegação. Há muita especulação dizendo que o Google terá acesso a mais informações e que isso pode ser prejudicial para o usuário. Será mesmo? Veja, a seguir, alguns mitos que surgiram e algumas mudanças reais, que você começará a sentir logo.

1) Google agora tem mais informações sobre você

Aqui reside um erro de interpretação de texto que pode surpreender muita gente. Dizer que o Google "agora tem acesso a tudo" sobre o usuário é errado. Na verdade, o volume de informações que o Google tem sobre você continua igual. O que muda é a forma como esse conhecimento é usado.

Antes, o Google já tinha acesso a uma grande variedade de dados que o ajudavam a saber quem estava por trás do teclado, seus gostos e preferências na rede. Só que antes da mudança nos termos de privacidade, oGoogle guardava isso de forma separada, para cada um de seus serviços. Agora, tudo fica reunido em um único guarda-chuva. Isso auxilia na criação de um perfil mais robusto, que diga mais sobre você.

Exemplo prático: compartilhe com o seu irmão no Google Plus um vídeo sobre uma luta da UFC e, na próxima vez que acessar o Youtube, a guia de vídeos recomendados terá alguns itens relacionados a este tema. Antes, o Googlenão tinha como fazer isso: o banco de dados do YouTube era separado do Google+.

2) Você será rastreado, independente do que faça

Sim, é verdade. Apesar de haver formas de apagar seu histórico de navegação do Google e isso ser bastante recomendável, não há uma forma direta de impedir que a empresa rastreie sua presença online. A grosso modo, apagar o histórico impede apenas que a empresa trace um perfil mais encorpado de você.

Mas o Google continuará monitorando suas buscas, por exemplo, e guardando isso "para uso interno". Ao final das contas, isso pode também ser usado para traçar um perfil mais embasado ou vender essas informações a empresas de marketing. Uma possível saída para isso, que o Olhar Digital mostrou recentemente, é um complemento para os principais navegadores que promete impedir qualquer rastreamento. Clique aqui para saber mais detalhes.

3) Mas existe um problema nisso?

Depende de como você encara as coisas. É claro que existem preocupações, sobretudo para quem é especialista em segurança. Para todos os efeitos, as informações coletadas ainda podem ser vendidas para empresas terceirizadas, que podem usá-las para lhe empurrar lixo eletrônico, ou ainda para recrutadores de empresas, que podem analisar seu perfil antes de decidir contratá-lo ou não. Existe um certo medo geral em deixar que suas informações estejam tão "disponíveis" assim.

Por outro lado, o que o Google está fazendo não é novidade. As informações coletadas são as mesmas, mas de uma forma que visa aprimorar a experiência de usuário. Recursos novos como aviso de compromissos em tempo real com o uso do Google Calendar ou ainda anúncios mais direcionados aos seus interesses são apenas dois exemplos de como a qualidade de navegação pode melhorar muito.

4) Existem "alternativas"

Qualquer um que lhe recomende "parar de usar os serviços do Google" deve cair em descrédito. Pense um pouco: caminhos de ruas, buscas, e-mails, redes sociais - hoje, praticamente tudo o que se faz na internet ou é do Google ou tem alguma interação com ele.

Mas, mesmo diante de presença tão evidente, é possível minimizar a quantidade de dados que o Google consegue coletar de você. Veja algumas dicas:

  • Faça buscas sem fazer login
  • "Confunda" o Google ao criar uma conta para cada atividade (boa sorte para lembrar a senha de tudo!)
  • Adicione o complemento "Do Not Track Plus" ao seu navegador (ver item 3).
5) Há serviços que não serão afetados

A nova política do Google unifica 60 serviços dentro desse novo "guarda-chuva", mas Google Wallet, Books e o navegador Chrome continuam independentes.

Se você tem mais alguma dica que não tenhamos postado aqui, sinta-se livre para mostrá-la nos comentários abaixo! Sua opinião é sempre valorizada aqui.



Fonte : Olhar Digital



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